Ana Paula Masseo de Castro - Engenheira Agrônoma Paisagista

Filha caçula de seu Zico, Ana Paula fundou a Folia 

com Eduardo Lourenço, Camila de Oliveira e ajuda 

de amigos e alguns familiares.

Como toda mãe zela pelo filho, ela aprendeu a 

desempenhar e muito bem esse papel, como quem 

quer sempre o melhor para o grupo como um todo. 

"A  Folia me faz melhorar como indivíduo a cada 

casa que entramos. Vejo que todos do grupo 

sentem isso e juntos nos cuidamos como uma 

família".

Ao recordar um momento vivido nas peregrinações 

com a Folia, citou um asilo feminino em 

Tremembé. "As senhorinhas ficaram animadas e 

felizes com o que viam e ouviam", disse a Foliona 

que em seguida emendou seu depoimento com os 

dizeres "na hora em que cantávamos a música para 

o nosso Anjo da Guarda, uma delas faleceu. Uma 

das folionas que  é terapeuta corporal, tentou 

reanimá-la mas não teve jeito. Ela partiu..."

O momento foi tenso, mas também muito 

intenso. Relembra, "creio que encaminhamos 

aquela alma. Alegria, emoção e música fizeram 

com  que ela realmente fosse embora. Aqueles 

instantes ficarão para sempre em mim".

Sempre grata ao Pai e aos foliões, Ana declara a 

todos a alegria de cantar Folia todos os anos.

Camila Lescura - Arte Educadora e Atriz

Conheceu a Folia através da Ana Paula em 2009 

para quem deu aula de Teatro e está no grupo 

desde então.

"Acredito que a Folia de Reis me fez resignificar o 

sentido do Natal ao levar alegria, esperança e 

renovação às pessoas" . Conta ainda que no 

primeiro ano que saiu com a Folia suas lágrimas se 

misturaram ao suor que descia da máscara de 

Marungo (palhaço) ao visitar uma casa na 

Esplanada Santa Terezinha. A Dona Maria ficou tão 

emocionada com a presença da Folia em sua casa 

que Camila sentiu a energia dos Reis Magos 

naquele momento. Se viu envolvida pela emoção e 

ajoelhou-se diante da manjedoura onde estava 

deitado o Menino Jesus, renovando a fé e a 

esperança trazida por ele. 

Ela agradece aos Foliões por encorajá-la e juntos 

levarem a paz, alegria e esperança as famílias 

visitadas.

Eduardo Lourenço - Engenheiro Civil e Ator

Teve uma experiencia no início de 2005 com 

alguns amigos, mas em novembro do mesmo ano 

procurou a Ana Paula e propôs montarem uma 

Folia! Acreditava que em casa de Folião, sairia 

nova Folia.


Essa parceria fez nascer e brotar a raiz  do grupo.


Grato a esposa e a filha, a sua mãe e irmãs, a 

todos os amigos e as Donas das casas que 

recebem a Folia, ele declara ter reafirmadas a sua 

religiosidade e fé. Percebe que a Folia tem 

a função de um alento momentâneo ou o alívio de 

problemas vigentes em cada casa que passa com 

o grupo, relembra de certos fatos com carinho, 

como um momento vivido na casa de Dona Celina, 

quando ela afirma que os considera "anjos do 

Senhor". Na época, usavam camisetas brancas e 

calças claras.

Felipe Barbosa - Músico e Educador Musical

Conheceu a Folia através de amigos em comum e 

participa com seus instrumentos de corda desde 

2009


Sendo ele o único musicista (especialista no

assunto), se diz mais "humano" depois de conhecer

a Folia por que percebe que há uma mudança na

vida de quem toca e na vida de quem recebe uma

Folia. 

Ele também reconhece cada vez mais sua raiz 

cultural, pois as Folias de Reis são o berço da 

cultura popular. 

Relata que a cada casa que entra com o grupo ele 

presencia uma nova experiencia espiritual.

Agradece aos integrantes de Folia e aos donos das 

casas que os recebem.

Talita Domingos - Produtora de Eventos

Entrou para o grupo pra saber mais a respeito de 

cultura popular brasileira em 2008, se apaixonou e 

desde então encara a Folia como um trabalho 

voluntário que exige respeito, responsabilidade e 

comprometimento. Diz ela que ir de casa em casa, 

anunciar o RE-Nascimento e agradecer não tem 

preço. Ela acredita que ao trabalhar dentro das 

casas a união, o respeito ao lar e ao próximo, 

estão consequentemente praticando tudo isso 

dentro de cada um dos integrantes pois o Natal é 

exatamente isso: união, respeito e amor. 

Relembra um momento em Quiririm, no qual as 

casas agendadas foram canceladas na ultima 

hora enquanto a Folia andava pelas ruas. Até que  

uma senhora abriu o portão do quintal, já 

muito emocionada. Seu presépio era de plantas 

naturais e água corrente. Ela relatou que quando

 criança, seu pai recebia Folias de Reis todos os 

anos para abençoar a casa deles. 

Saudosa, fez questão de contar essa estória tão 

antiga. Juntos, todos choraram e riram  

emocionados. 

Talita agradece ao grupo por cada encontro na 

parceria incansável para anunciar o Nascimento 

Sagrado. 

Foliões das Antigas...e de todo o sempre: 

Como tudo começou:


O quintal do “Seu Zico” sempre foi um espaço cultural mesmo sem assim o perceber.

Por mais de 50 anos Seu Zico participou ativamente de Folias de Reis, tendo começado em Silvanópolis, MG, quando ainda era criança vendo os tios cantarem o Nascimento de Jesus e cantou até sua partida em 1998.

Quando adulto e casado com D. Izaura, criou seus sete filhos em Taubaté, SP, em meio a músicos e instrumentistas, muitos deles devotos e participantes de Folias de Reis.

Ao morrer, deixou incrustado em seus filhos e amigos a devoção e o amor às Folias de Reis que tanto amava. Após sua morte a casa ficou silenciosa por sete anos, reza a tradição que um folião entra pra Folia e fica no mínimo sete anos, por isso as Folias não acabarão nunca. Mas, um silêncio ensurdecedor tomou conta do quintal do "Seu Zico" e nele não se cantou por sete anos consecutivos.

Às vésperas do Natal de 2005, em parceria com um amigo da família, a sua caçula, começou a seguir os rastros deixados pelo pai, tendo como base a Folia de Reis em que “Seu Zico” era Contra Mestre. 

E com isso nascia no quintal de Seu Zico e Dona Izaura a “Folia de Reis Estrela da Mantiqueira”. A parceria de Ana Paula com Eduardo foi fundamental para que ambos levassem a frente a peregrinação anual. Dona Izaura, a princípio ficou reticente, mas via que ali começava uma nova fase e apoiava a filha com críticas e sugestões, além do café que preparava com carinho para o Eduardo.

Desde então, o quintal passou a ser envolvido novamente pela musicalidade na época do Natal, e a  partir dele andam peregrinando pelas casas vizinhas, ruas próximas e também pelos bairros distantes na zona rural e fazendo também apresentações em instituições culturais. 

O grupo é atualmente formado por cinco pessoas, e ano após ano todos se reúnem com prazer e harmonia para cantar o nascimento de Jesus. É claro, em algumas ocasiões, contamos com a presença de mais amigos...a intenção é de que a tradição continue, e isso faz com que a Folia ande pelas ruas.

Tudo é feito gratuitamente por amor, por cantar, pra anunciar e pra rezar.


 “A Estrela da Mantiqueira”, por causa das profissões de seus integrantes, sai às ruas após o Natal anunciando seu nascimento e peregrina até 02 de fevereiro, dia de Nossa Senhora das Candeias.

Ao iniciarmos nossa peregrinação, adaptamos uma das músicas que "Seu Zico" cantava e ela é nossa pedra filosofal, mas com o passar dos anos surgiram músicas novas escritas pelos integrantes e elas são ensaiadas ao longo do ano para serem apresentadas aos devotos na época da peregrinação.

Temos uma missão cada vez que saímos ás ruas, que é a de continuar uma tradição que começou com São Francisco ao criar os presépios. Tradição essa que veio de Portugal e criou raízes em nossa cultura popular brasileira.

Seu Zico ao morrer deixou a semente plantada em nossos corações e pretendemos continuar levando nossa bandeira por muitos anos vezes sete. 

"Todos os domingos os Foliões deixam suas 

atividades e se dirigem para a sede da Folia, a 

casa do 'Seu Zico'. Lá fazemos músicas, cantamos, 

brincamos, tratamos de assuntos muito sérios e 

também rezamos embaixo da Goiabeira e da 

Ameixeira. Elas nos ouviram errar e acertar o ano 

todo. As aves também são nossas cúmplices, 

viram nosso trabalho e colhem os frutos junto com

 nós.

Com bastante esforço conseguimos gravar um CD 

que logo estará em nossas mãos e estamos nos 

organizando para festejar essa grande conquista. 

"Seu Zico" deve estar feliz. 

A benção, Meu Pai... 

Por Ana Paula Masseo


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